O crescimento do e-commerce no Brasil ameaça a existência das lojas físicas?

Texto 01

No Brasil, o comércio feito pela internet, denominado e-commerce, registrou faturamento de R$ 161 bilhões em 2021, uma alta de 27% em relação a 2020. Os dados são da Neotrust, empresa que monitora 85% do e-commerce brasileiro. O levantamento também mostra o crescimento de 17% nos pedidos em 2021.

Segundo Paulina Dias, líder de inteligência da Neotrust, três fatores explicam o resultado positivo do setor: a pande- mia, os avanços na logística e a mudança de comportamento do consumidor. “Ele começou a entender que poderia com- prar on-line e depois trocar na loja. Se viu o produto na loja, mas está com pressa, deixa para comprá-lo on-line. Quando há fila, o consumidor também opta pela compra on-line”, afirma Paulina.

(Gabriel Buss. “E-commerce cresceu 27% em 2021 e faturou R$ 161 bi, diz levantamento”. www.poder360.com.br, 06.02.2022. Adaptado.)

Texto 02

O comércio feito pelas lojas físicas do varejo, nas ruas e em shoppings, tende a acabar ou ser ameaçado pelas vendas on-line? Provavelmente, não. Há estudos que corroboram essa tese. No ano passado, a Euromonitor, empresa de análise de mercado, divulgou pesquisa segundo a qual, ao menos até 2025, mesmo com a tendência de crescimento no e-commerce, as lojas físicas continuarão respondendo por 82% do total de vendas.

Há um encanto nas lojas físicas do varejo que é insubstituível: o cliente é atraído pela apresentação do produto na loja e obtém na hora aquilo que deseja. Soma-se a isso o seu contato com o produto, o toque, a experiência da textura, do aroma, do peso, do caimento. Usufruir desse momento é reconfortante. Por mais que a tecnologia avance, os sistemas de delivery se tornem eficazes e sejam reduzidos os prazos de entrega, o prazer da compra presencial dificilmente será superado. No mundo ocidental, comprar é uma experiência que faz parte da vida cotidiana e, para milhões de pessoas, ir às compras se tornou um programa de lazer.

Sistemas culturais consolidados não costumam mudar tão rapidamente. Essas mudanças rápidas acontecem quando ocorre uma disrupção tecnológica que agrega valor inquestionável a um produto ou serviço. Por exemplo, não se pode com- parar serviços de streaming, como o Netflix, às antigas locadoras de vídeo; o avanço dessa tecnologia em relação às que a antecederam é indiscutível e provoca rápida mudança nos costumes. No entanto, esse não é o caso do e-commerce, que agrega vantagens ao processo de venda, como a praticidade ao consumidor, mas implica desvantagens, como a impossibili- dade de testar o produto.

(Igor Melo. “Quando veremos o fim das lojas físicas do varejo?”. https://administradores.com.br, 18.05.2022. Adaptado.)

Texto 03

Nos últimos anos, as compras feitas pela internet aumentaram de forma significativa, abrangendo desde roupas até alimentação. Hoje, a maioria das pessoas já comprou algum produto pela internet e escolheu essa forma de compra, justa- mente porque percebeu vantagens em relação às lojas físicas.

Em primeiro lugar, h