Impactos da pandemia na educação. Como recuperar os anos perdidos?

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O Banco Mundial divulgou um relatório acerca dos impactos negativos da pandemia na educação brasileira. De acordo com a pesquisa, dois a cada três estudantes brasileiros podem não aprender a ler adequadamente um texto simples aos 10 anos. 

Já o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) realizou uma pesquisa entre fevereiro e maio de 2021 com 168.739 escolas das rede pública e privada. O levantamento apresenta dados sobre a atuação das escolas no período pandêmico. 

O estudo do Inep mostra que 43,4% das escolas estaduais disponibilizaram equipamentos para auxiliar os docentes, nas municipais o percentual foi de 19,7%. Os dados indicam a grande quantidade de profissionais da educação que foram afetados com a falta de suporte tecnológico no processo de ensino e aprendizagem durante a suspensão das aulas presenciais. 

O retorno às aulas presenciais em instituições públicas e privadas de educação básica de todo o país nesses primeiros meses de 2022 deixou evidente a especialistas e à comunidade escolar um quadro desafiador: recuperar o conteúdo não incorporado e curar sequelas psicossociais que atingem alunos e, não raras vezes, os professores. Afinal, a pandemia da covid-19 impôs a eles quase dois anos de afastamento total ou parcial do ambiente escolar.

Nesse período, alunos e professores tiveram de se adaptar a práticas remotas — basicamente efetuadas por meio de computadores, celulares e tablets — ou semipresenciais. Valeram-se também de atividades “apostiláveis”, que é quando o material de estudos, juntamente com as instruções para a execução de deveres, é entregue aos alunos na escola, mas trabalhado em casa. 

O que ficou pelo caminho transparece em pesquisa qualitativa recém-divulgada pelo DataSenado sobre a educação durante a crise sanitária. Os impactos da pandemia no ambiente doméstico, na escola e nas relações sociais, além das barreiras ao processo de aprendizagem são alguns dos pontos que mostram o quão difícil foi esse período, com real e significativo retrocesso no ensino.

Fonte: Agência Senado

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Organizações revelam impactos da pandemia na educação brasileira

Durante a pandemia de Covid-19, 99,3% das escolas brasileiras suspenderam as atividades presenciais, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A média brasileira foi de 287 dias de suspensão de atividades presenciais durante o ano letivo de 2020, considerando escolas públicas e privadas. Tendo em vista os impactos desse período para o setor educacional, o levantamento Dados para um Debate Democrático na Educação (D3e) realizou estudos para direcionar a recomposição das aprendizagens, encaminhando subsídios para a elaboração de políticas públicas baseadas em conhecimento científico.

Foram dois estudos encomendados pela iniciativa: uma nota técnica sobre impactos da pandemia na educação e um relatório de política educacional sobre gestão escolar e a Covid-19. Parte dos resultados do relatório foram antecipados para o novo governo federal, a fim de subsidiar a equipe nos cem primeiros dias de gestão. O documento conta com evidências e conhecimento científico de ponta e é destinado à equipe de transição na área educacional.

A nota técnica, realizada em parceria com a Fundação Lemann, aponta que houve uma perda significativa de aprendizado durante a pandemia, de modo que as desigualdades já existentes foram acentuadas durante o período, por exemplo, com aumento do abandono escolar do impacto na saúde mental dos estudantes e profissionais.

Foram feitas seis recomendações para gestores públicos, incluindo a priorização de estratégias para mitigar efeitos da pandemia; foco em crianças em fase de alfabetização; elaboração de programas de incentivo da permanência escolar; programas de acolhimento à saúde mental; diagnóstico sobre efeitos da pandemia nas desigualdades de aprendizagem e evasão escolar e monitoramento do impacto dos programas que visam mitigar os efeitos da pandemia. 

Já o relatório, realizado junto ao Itaú Social, analisa as estratégias educacionais do primeiro ano de pandemia e está previsto para ser lançado em março de 2023. O texto analisa os desafios e as estratégias dos diretores escolares em municípios que tiveram uma boa gestão escolar durante a pandemia, selecionando dez municípios como estudos de caso para identificar quais aprendizados e reflexões podem ser extraídos desse período.

A estratégia está alinhada com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 4, que diz respeito à educação de qualidade. Os ODS são metas estabelecidas pela Agenda 2030 da ONU e buscam um mundo mais justo e igualitário.

Fonte: https://observatorio3setor.org.br/noticias/organizacoes-revelam-impactos-da-pandemia-na-educacao-brasileira/

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