Dinheiro não é sinônimo de felicidade
Por O Tempo Publicado em 6 de agosto de 2010
Apesar de o nível de satisfação com a vida não ser o mesmo em todas as partes do mundo, os elementos que as pessoas apontam como sendo essenciais para a felicidade costumam ser os mesmos: a vida em família, saúde, emprego e situação financeira.
Normalmente, são mais felizes as pessoas casadas e com rendimentos mais altos. Uma prova definitiva de que o dinheiro traz felicidade? Não exatamente. Pesquisas que tentam compreender a relação entre felicidade e dinheiro mostram que ele não aumenta a felicidade infinitamente. A partir de um ponto, quanto mais cresce a renda, menor o impacto deste crescimento no bem-estar, apesar de o nível de felicidade se manter alto.
Loteria
Nos EUA, fizeram uma pesquisa com ganhadores da loteria para medir o impacto do dinheiro na felicidade e perceberam que ele é transitório. O nível de felicidade aumenta logo após o prêmio e depois volta para o nível anterior. A pesquisa mostrou que o impacto da renda na felicidade tem um limite que é exatamente o limite da sobrevivência, exemplifica a demógrafa e professora da UFMG, Luisa Terra.
Dinheiro que baste, o grande amor e saúde em boas condições. Seria essa a fórmula da felicidade? Para o psiquiatra Eduardo Ferreira-Santos, é preciso acrescentar um pouco de sensibilidade nessa lista de ingredientes. Além de amor, saúde e emprego, a pessoa tem que ter capacidade de saborear essas coisas. Tem ainda a questão do amor próprio, de encontrar a paz de espírito e a euforia nas pequenas coisas. Tem que ter uma disposição da alma para absorver tudo isso.
Dinheiro e felicidade: um caminho mútuo
UOL, São Paulo 2020
Contrariando muitas pesquisas recentes, um estudo realizado pelo Ateliê de Pesquisa Organizacional revela que o dinheiro é o fator que mais impacta os profissionais quando se fala de felicidade no trabalho. De acordo com o levantamento, realizado com 200 profissionais do Rio de Janeiro e São Paulo, para 78% dos entrevistados o dinheiro é um fator que se sobrepõe a todos os outros, quando se trata de felicidade no trabalho, sendo que ele possui maior peso para os cariocas do que para os paulistanos, na proporção de 84% e 73%, respectivamente.
Outros dois fatores que tornam as pessoas felizes com o trabalho, lembrando que eram possíveis múltiplas respostas, são o relacionamento com os colegas (49%) e a possibilidade de trabalhar em equipe (41%). No que diz respeito ao sentido do trabalho, empatados em primeiro lugar, com 95% das indicações cada, estão o fato dele dar estabilidade financeira, fazer com que a pessoa se sinta útil e dar prazer. Ainda neste caso, foram citados satisfação (93%), costume (87%) e status (73%), entre outros.
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