Ensino a distância (EAD) na pandemia e a exclusão digital: como minimizar esse problema?

Texto 1

A educação a distância é uma modalidade de ensino em que a mediação do aprendizado acontece através de recursos tecnológicos. Sem a necessidade de um ambiente físico, de salas de aula ou de um campus, o EaD permite maior mobilidade e custos mais baixos.

Embora o conceito de educação a distância on-line seja algo recente, as primeiras experiências de EaD surgiram há muito tempo, com cursos realizados através de correspondências.

Com a pandemia de COVID-19, a educação a distância passou a fazer parte da formação básica no Brasil. Até então, o país não tinha experiências significativas no ensino a distância para crianças e jovens, por isso, precisou aderir à prática de forma emergencial.

(Tutor Mundi. “Vantagens e desvantagens da educação a distância para a educação básica.”. 2022. Adaptado)

Texto 2

As TIC (Tecnologias da Informação e a Comunicação) oferecem inúmeras vantagens: mais acesso à informação, redução de custos no setor trabalhista, mais conectividade entre as pessoas, etc. Porém, a digitalização não está acontecendo de forma igualitária em todo o mundo. Também existe um desequilíbrio e o nome para isto é exclusão digital.

Em só alguns dias, o coronavírus SARS-CoV-2 nos trancou em casa e tivemos que estudar, trabalhar e olhar uns para os outros por meio de câmeras. O acesso à Internet permitiu que muitas pessoas seguissem com suas vidas apesar da pandemia, graças a modalidades como o home office ou a educação online, mas esta realidade não é igual em todo o mundo. De fato, quase a metade dos habitantes do planeta — cerca de 2,9 bilhões de pessoas — não têm sequer acesso à Internet, segundo advertiu no final de 2021 a União Internacional de Telecomunicações (UIT), o organismo especializado da Organização das Nações Unidas (ONU).

(Iberdrola. “A exclusão digital no mundo e por que provoca desigualdade.”. 2022. Adaptado.)

Texto 3

(…) Outra dificuldade do ensino a distância é a exclusão digital. Segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, em 2018, apenas 69,1% dos municípios nordestinos possuíam acesso a internet, ficando abaixo da média nacional que é de 79,1%. Esse número é ainda mais baixo na zona rural, onde menos da metade dos domicílios nordestinos estão conectados.

Em Pernambuco, a situação não é diferente. Em resposta às reclamações de pais e professores, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintepe) entrou com uma ação no Ministério Público de Pernambuco buscando resolver o impasse dos estudantes que não têm acesso às aulas via internet, o que pode reforçar desigualdades sociais.

“Nós podemos observar que essa política pública e aulas não presenciais têm sido excludentes, ampliando as questões da exclusão social, que gera a exclusão digital, que por sua vez, nesse momento, gera a exclusão das escolas”, afirma Fernando Melo, presidente do Sintepe.

(Marcos Barbosa. “Exclusão digital e precarização do ensino: as dificuldades da educação à distância”, 06.05.2020. Adaptado).

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