A lógica de ocupação do território brasileiro mudou da atividade econômica para o controle territorial, o que tem implicações significativas para as políticas no Brasil.

A lógica de controlar o território envolve a necessidade de ocupá-lo para manter o controle, conforme o lema dos militares.

O discurso de integração das regiões ao sul do país implica a necessidade de exploração de recursos, destacando o potencial conflito entre o desenvolvimento e a preservação da floresta amazônica.

A exploração de regiões para exploração de recursos muitas vezes ignora a presença e os direitos das comunidades indígenas, resultando em danos significativos e perda de vidas.

O governo militar reconheceu os desafios e conflitos envolvidos na garantia da estabilidade política económica e territorial através destas estratégias, mas ainda tentou equilibrar forças e moldar as relações de poder.

O projeto Carajás, no Brasil, é responsável pela administração de uma colossal jazida mineral de ferro que pode abastecer o mundo inteiro por cerca de 40 anos.

O amplo e complexo planejamento regional adotado nesse período contribuiu para a criação de uma rede de integração territorial que garantiu a soberania e a presença territorial nacional na Amazônia.

Os projetos militares na região amazônica durante as décadas de 70 e 80 levaram à abertura de estradas, provocando migração de pessoas de outras regiões para o centro-oeste e norte.

A abertura de estradas na Amazônia não só leva ao desmatamento diretamente relacionado à construção de estradas, mas também contribui para o estabelecimento de assentamentos e comunidades ao longo da estrada, impactando ainda mais o meio ambiente ao redor.

O desmatamento causado pela expansão das rodovias no Brasil não impacta apenas o meio ambiente, mas também afeta a vida das populações tradicionais e gera conflitos a partir das migrações.

A Amazônia brasileira, que representa quase metade do território do país, tem sido historicamente considerada uma área isolada, de difícil acesso e descontinuidade, representando um desafio para a integração com o resto do país.

A indústria de mineração está causando polêmica e destruição em territórios, como a região de Carajás, gerando conflitos por terras e recursos.

O impacto da pandemia nas comunidades e povos indígenas no Amazonas destaca a vulnerabilidade e os desafios enfrentados por esses grupos marginalizados em termos de cuidados de saúde e acesso a recursos.

A ideia de a Amazônia ser um vazio demográfico é contraditória quando se considera a implementação de grandes projetos e os conflitos com comunidades tradicionais e movimentos rurais afetados por barragens e hidrelétricas.

Os desafios de gerir um território na Amazônia são complexos e exigem a integração de diversos fatores como energia, mão de obra, transporte e educação.