TEXTO I
“[…] Capitães da Areia, nome pelo qual é conhecido o grupo de meninos assaltantes e ladrões que infestam a nossa urbe. Essas crianças que tão cedo se dedicaram à tenebrosa carreira do crime não têm moradia certa ou pelo menos a sua moradia ainda não foi localizada. […] Esse bando que vive da rapina se compõe, pelo que se sabe, de um número superior a cem crianças das mais diversas idades, indo desde os oito aos dezesseis anos. Crianças que, naturalmente devido ao desprezo dado à sua educação por pais pouco servidos de sentimentos cristãos, se entregaram no verdor dos anos a uma vida criminosa.”
(AMADO. Jorge. Capitães da Areia, Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1937, p.10)
TEXTO II
[…] E não podemos nos esquecer da grande quantidade de crianças e adolescentes negligenciados, que também vivem nas ruas de todo o Brasil. Segundo informações do portal G1, um censo que vem, sendo realizado pela Prefeitura de São Paulo em maio de 2022, época em que escrevemos essa matéria, mostrou que a maior cidade em número de habitantes do Brasil conta com 526 pontos de concentração de crianças e adolescentes em situação de rua. […]
(Disponível em: https://geracaoamanha.org.br/criancas-em-situacao-derua/ Acesso em: 13/10/2022)
O Texto I, trecho de “Capitães da areia”, obra lançada em 1937, traz uma narrativa que permanece bem atual, como podemos perceber a partir do Texto II. Ambos abordam a vida de menores de idade que moram nas ruas.
Nesse contexto, disserte acerca da temática: a população infantojuvenil em situação de rua no Brasil.
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